terça-feira, 28 de julho de 2009

Medo de Altura

Lembranças vêm e vão. E vêm de novo!... na verdade, fingem que vão. Fingem! Basta um pouco de nada para tê-las de novo como acompanhantes.
É como se aquele garoto, de mais ou menos 15 anos, estivesse na minha frente de novo, diante dos meus olhos, como naquele dia. Uma longa passarela, mas ele não tinha medo de altura. Ao passar por ele/ tive pena/ disse pra ele/ sem falar: "Mais um...! Ja vi este filme!".
Não ter medo de altura não quer dizer que ia olhar para baixo. Um obvervador outro poderia achar que ele esteve, por um tempo, perdido em seu próprio nada, só porque seus olhos estavam fitos no horizonte e ele não olhava pros lados, nem para trás, nem para baixo.
Não ter medo de altura não quer dizer que ia olhar para baixo e, na verdade, o nada era seu começo, o momento em que os pensamentos vêm. Lembranças poucas, só por falta de acontecimentos suficientes. Seus olhos? Na verdade queriam driblar o horizonte e sua linha torta, em forma de mundo oval, ou redondo, ou quadrado. Lembranças poucas, só por falta de anos vividos. Seus olhos? Na verdade vislumbravam coisas desconhecidas.
Não ter medo de altura não quer dizer que ia olhar para baixo! Podia correr o risco de querer pular, só pra ter a sensação de voo por uns intantes.
Lembranças poucas, só por ainda estar no nível 15, ou 16. Seus olhos? Daqui há alguns anos, fitos no horizonte e na sua linha torta, ...de mundo oval, mais quadrada do que nunca, vislumbrando coisas conhecidas e coisas desconhecidas, desvendando, descobrindo, sofrendo com as mudanças, mudanças..(!), com medo de ser feliz e, mais ainda, de não ser.
Não ter medo de altura não quer dizer que ia olhar para baixo. Passei por aquele menino e, ao olhar/ tive pena/ disse pra ele/sem falar: "Coitado". Um dia vai olhar para baixo e descobrir que não deveria feito isso. Pode correr o risco de querer pular, só pra ter a sensação de voo por uns intantes. Pode correr o risco de, pela primeira vez, ter medo de altura.

sábado, 25 de julho de 2009

Chamamos de fé quando já sabemos o que vai acontecer, só não sabemos como.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Madrugada

Os compromissos do amanhã carregam o sol nascente do dia, burburando que não se sabe se ainda é hoje, devido a essa maldita coalescência. O peso na consciência por não ter o sono separando o agora e o porvir, logo é apagado por outros pensamentos. Problemas? Dilemas? Esquemas? Quem não os têm? Mas a essa hora não deve-se maquinar nada, nenhum pensamento muito profundo, afinal de contas, se esse cérebro não trabalhasse tanto, repousaria tranquila, fácil, talvez eternamente em berço esplêndido, mas nem precisava isso tudo, só uma soneca no travesseiro tava de bom tamanho.

Me lembrei que tenho que escrever sobre a invenção do século: A raquete que dá choques elétricos em insetos! ... Mas agora só me restam três horas de "sono". Boa noite.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Entenda como quiser

Segundo os doutores da língua, o processo comunicativo se estabelece de forma perfeita apenas quando o receptor da mensagem entende, sem ruídos, o que o emissor tenta transmitir. Segundo o prof. Robson Moura, "para se estudar a funcionalidade do Processo de Comunicação, precisamos usar recursos que dão ênfase à intenção que o emissor quer transmitir para que a mensagem seja compreendida".

Mas será que é assim mesmo que as coisas funcionam? Às vezes, sim! Em processos de comunicação mais formais, como, por exemplo, numa transmissão de informações por um noticiário, ou um livro de estudos.

Em se tratando de arte, as coisas mudam e muito! Eu falo o que eu quiser, como quiser, e você entende como quiser, resumindo é parecido com isso. Neste caso o emissor trata do seu assunto de interesse, muitas vezes sob uma ótica tal, querendo dizer tal coisa, pensando do seu jeito, imaginando suas situações, mas o processo de comunicação perfeitamente se estabelece, não quando o receptor entende exatamente a mensagem, mas quando ele se identifica e, quando ele se identifica, cria para si uma mensagem de valor pessoal, muitas vezes, bem maior do que a original.

Eu poderia falar mais sobre isso, mas não. Entenda como quiser!