segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Razão

Várias vezes eu quis apagar coisas que eu escrevi antes, mas muito raramente o faço. Gosto de comparar o desenrolar do meu raciocínio no passado com o de agora e ver como as circunstâncias e os questionamentos nos conduzem sempre a um novo ponto. Como diria o baiano de Salvador, sábio mestre dos insanos na música mais citada da história, "é chato chegar a um objetivo num instante (...) Eu vou desdizer aquilo tudo que eu lhe disse antes. Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante''. Muitas coisas ao nosso redor mudam a medida que a sola da havaiana vai gastando e esse universo interminável que é a mente humana um dia evoluirá tanto a ponto de se tornar simples de novo, como no princípio, de pai pra filho. Ou não.
Hoje minha única convicção é o amor... "Tudo espera, tudo suporta, jamais acaba". Esse permanece e é a louca razão de ser das coisas complicadas.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Silêncio

Não tenho um tom
Não tenho palavras
Não tenho acorde que
Me socorra agora
Tudo foi embora
Só tenho você



Havia um silêncio
Que mostrou os meus vícios
Me agarro contigo
Vem me socorra agora
Tudo foi embora
Só tenho você amor
Agora  

          (Vem me socorrer- palavrantiga)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Quem tem boca... ?

Tava lendo comentários de um post num dos blogs que eu acompanho e me deparei com a seguinte frase de um anônimo (na verdade não sei se a frase é dele, mas ele a usou como se fosse):

"Se o tal deus da igreja é justo, não deveria enviar um sequer para um lugar tão terrível como o céu"

Longe de mim ser advogado de Deus ou do pessoal la de baixo, mas acho que uma das coisas mais infelizes que existem é quando uma pessoa fala sem propriedade no assunto. Deus me livre de abrir a minha boca e falar do que eu não sei. É fazer papel de ridículo, né não?

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Palavras (2)

Vou guardá-las enquanto são minhas Apaguem-se as linhas Não quero escrever
...
O ruim de ser artista É que sua fala é sempre vista Como um rastro, ou uma pista De um pedaço de você.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Gente que Pensa -ou- Baseado em Preconceito -ou- Baseado em Quê?

Acho curioso como todo mundo se acha mais inteligente! Os paulistas acham que os nordestinos são burros. Os nordestinos acham que eles são uns tapados por terem eleito Tiririca como o deputado mais votado. Os americanos do Norte acham que a gente é índio, a gente acha eles uns boçais...
...
   ...
      ...

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Anti natural

Alguém pode dizer que eu gosto de rir da miséria dos outros. Não é bem assim que as coisas são, mas chorar também não vou quando o assunto for o tal homem moderno e no que as discussões, essas chatas sobre consequências do "avanço" do homem (e da mulher -para não esquecer as cotas e nem os direitos iguais-), nos transformaram. ..Apesar de ser miséria minha também.
Eu... que sempre adorei o clima tropical da minha cidade, o calor do verão baiano e uma boa praia em Salvador, confesso que estou temendo uma provável digievolução para carvão!! Uma andada de 50 metros hoje, às 14:00hs e eu estava me sentindo assando, sem exagero! Essa loucura de clima sempre me leva a pensar nas consequências que Eu e Nós causamos sem dor e sem dó, mas acho que a culpa nem é tão minha assim, afinal de contas, eu sou fruto de uma geração consumista, capitalista até o talo, construtora de concreto, tecnologia e fumaça, em detrimento dos recursos naturais. Como retroceder agora? Como querer dizer que não vamos mais produzir nossos carros e nossas poeiras, em meio a única comunidade animal onde as fêmeas deixam de produzir filhos para produzirem trabalho? Ou deixam que seus filhos sejam educados pelo trabalho de outras que sequer possuem vínculo sanguíneo, sem a menor garantia de formação moral adequada, em sua ausência.
Sociedade anti-natureza e anti-natural!! Aos 50 trocam as esposas por alguém de 20! Tudo em nome da vaidade, tudo fora do lugar e as mulheres desesperadas por atenderem as dirtorções masculinas! Arranquem suas carnes de suas bundas e botem na cara! Suguem a barriga com um cano e depois aumentem seus peitos com litros de compostos neutros (silicone) e arrumem um de 20 também!
Então vejamos se estou errado ou certo. To morrendo assado porque os homens e as mulheres resolveram fazer de tudo o que é mais importante, menos, e de tudo que é natural, pouco caso. É incrível mesmo esse avanço e como foram dispostos anos de desenvolvimento intelectual para isso! Nem dá pra dizer que foi sem querer.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Fim de semestre

Não que o tempo importe realmente, mas tempos como este de agora, merecem ser esmiuçados em segundos, minutos, horas, dias, de trás pra frente, de frente pra trás... Tempo que faz das tristezas dos últimos seis meses, os seis meses mais felizes que já se escreveu.Verdades suas tão sendo minhas,Palavras minhas em sua boca:E que venham outros. E outros. E outros.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Indivíduo

Tantos os porquês que se colocam sem saber
E para nós, os calados profissionais,
Só uma maneira de perceber tudo.
Pensar em não perder tempo aprofundando explicações
E perder de novo a noção do tempo,
Para mais ou para menos;
Boca que já tanto pouco tem falado,
Ouvidos que tanto enxergam em suas memórias
A mim e só a mim, concedo o direito de assim ficar.
Pra bom entendedor nem meia palavra
Pra todo o resto menos ainda.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Projeto

Tantos dias futuros esperamos
Futuros dias esperamos tanto, tanto
Ouvindo nossa própria música tocar
Nas minhas pupilas, encantado, como naquele dia
Sensação boa te esperar acordar
Posso até tocar ao vivo um pouco também
Sim, sentados no único degrau da casa
Sentindo o cheiro do nosso jardim, jasmim
Amanhã ou depois
Ou depois de depois
Antes do que eu possa esperar
Assim espero/quero
Presente-futuro toda vez que durmo
Ou quando meio acordado, muitas vezes
Futuros dias ainda mais intensos
Do que todos que me lembrei e lembro
Em que eu mesmo quis mudar pra me encaixar
E, não muito, o mesmo esperar de você
Por ainda estar naquele mesmo estado
Daqueles primeiros dias que já se passaram...

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Minha Casa e o Sabiá

Vejo com quanto romantismo se diz do canto dos pássaros
e das janelas abertas permitindo tal expressão de arte .
Vejo com quanto romantismo se diz do canto... do canto que me acorda... que me acordava todas as manhãs.
... dos cantos, pois, na verdade, era um belo e desordenado coral burburando - em vozes gritantes!- guardando um segredo -de cima dos telhados, em faixas e outdoors- assuntos diversos.
...que eu sempre soube, na verdade.
Já sofria dos meus despertadores bem antes de ver o Bem-te-vi pela primeira vez , mas passei a acordar mais cedo que eles, de forma que tal cantarolar não era mais incômodo aos meus ouvidos.

Amarelo e amarronzado, se banhava na irrigação do meu jardim, ou , parado em cima no meu muro, me fazendo mirar os olhos diretamente na luz do sol e, quando desviara meu olhar, imagens e coloridas visões leves.

Aos fins de semana, no sono até mais tarde -um pouco- era novamente atormentado em meu travesseiro e o canto do Bem-te-vi me parecia a expressão mais forte e sobressalente da contradição, até que me via obrigado a levantar-me e, indo até o jardim, novamente o via, já depois do pouso, balançando suas penas debaixo d'água, no verde da minha grama, então começa tudo de novo...
...manhã após manhã.

sábado, 5 de setembro de 2009

Perspectiva

Tudo quadrado
Tudo em quadrados
Tudo enquadrado
E tudo o mais que foge é só uma questão de perspectiva, mesmo existindo alternativas
Por isto que não sirvo pra esta vida aqui
Mas ela
-a vida-
Vai ter que se acostumar
.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Palavras

Tem acontecido com frequência o caso de eu não dizer sempre o que penso. Não que eu tenha desencontrado o equilíbrio das palavras, ou que eu tenha passado a ponderar as conseguintes possíveis opiniões a respeito. Já achei que não deveria, por diversas vezes, mas, depois do primeiro trago, fiquei viciado, simplesmente! O motivo também não é falta de propósito, ou por ter um propósito definido qualquer. É mais uma questão de consciência.
Consciência do poder que as palavras têm.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Cadências

Escrever isto, ou aquilo? Não se trata de falta de assunto, talvez seja até excesso, sobejo. O fato é que as dissonâncias ainda soam como desafinações para ouvidos tão despreparados e o acorde superdominante completa a total sensação de interrupção. Tudo parece tão frenéticamente sonoro, mas, em verdade, tem haver com o silêncio de 1:35.
Tem até por aqui um escrito de outro dia... "a essa hora não deve-se maquinar nada", mas eu e você sabemos que sai sem querer, ou então, às vezes, como aquele vício que se imagina poder controlar..."só uma dose"...difícil emancipação.
Agora o momento em que a paz volta a reinar: Único ser divino completa a tônica plagal. O boa noite!.. Amém.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Medo de Altura

Lembranças vêm e vão. E vêm de novo!... na verdade, fingem que vão. Fingem! Basta um pouco de nada para tê-las de novo como acompanhantes.
É como se aquele garoto, de mais ou menos 15 anos, estivesse na minha frente de novo, diante dos meus olhos, como naquele dia. Uma longa passarela, mas ele não tinha medo de altura. Ao passar por ele/ tive pena/ disse pra ele/ sem falar: "Mais um...! Ja vi este filme!".
Não ter medo de altura não quer dizer que ia olhar para baixo. Um obvervador outro poderia achar que ele esteve, por um tempo, perdido em seu próprio nada, só porque seus olhos estavam fitos no horizonte e ele não olhava pros lados, nem para trás, nem para baixo.
Não ter medo de altura não quer dizer que ia olhar para baixo e, na verdade, o nada era seu começo, o momento em que os pensamentos vêm. Lembranças poucas, só por falta de acontecimentos suficientes. Seus olhos? Na verdade queriam driblar o horizonte e sua linha torta, em forma de mundo oval, ou redondo, ou quadrado. Lembranças poucas, só por falta de anos vividos. Seus olhos? Na verdade vislumbravam coisas desconhecidas.
Não ter medo de altura não quer dizer que ia olhar para baixo! Podia correr o risco de querer pular, só pra ter a sensação de voo por uns intantes.
Lembranças poucas, só por ainda estar no nível 15, ou 16. Seus olhos? Daqui há alguns anos, fitos no horizonte e na sua linha torta, ...de mundo oval, mais quadrada do que nunca, vislumbrando coisas conhecidas e coisas desconhecidas, desvendando, descobrindo, sofrendo com as mudanças, mudanças..(!), com medo de ser feliz e, mais ainda, de não ser.
Não ter medo de altura não quer dizer que ia olhar para baixo. Passei por aquele menino e, ao olhar/ tive pena/ disse pra ele/sem falar: "Coitado". Um dia vai olhar para baixo e descobrir que não deveria feito isso. Pode correr o risco de querer pular, só pra ter a sensação de voo por uns intantes. Pode correr o risco de, pela primeira vez, ter medo de altura.

sábado, 25 de julho de 2009

Chamamos de fé quando já sabemos o que vai acontecer, só não sabemos como.